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Mito nº 5 - Ordens e Autorizações


A origem da entrada do Brasil na II Guerra Mundial costuma ser atribuída às "ordens de manobras livres recebidas pelo U-507 para o ataque à navegação brasileira". Está correta esta afirmativa?

Traduzido do jargão militar alemão, "manobras livres" significa a liberdade para efetuar ações de combate em determinada região, dentro das regras de engajamento pré-definidas — e não uma licença para o ataque indiscriminado.

Em 8 de agosto de 1942, o capitão de corveta Harro Schacht, comandante do U-507, solicitou permissão para "manobras livres" na costa brasileira, recebendo a autorização do Comando de Submarinos no dia seguinte. Ao contrário da concepção em voga, recebeu ele uma permissão — e não uma ordem.

Por sua vez, o consentimento veio atrelado a uma determinação: "Vá para Pernambuco", que Schacht fez questão de ignorar quando virou a proa do U-507 para Salvador.

Alguém poderia questionar: "Afinal, o que isso muda no episódio?" Do ponto de vista histórico, a mudança é profunda. A origem da entrada do Brasil na guerra dependeu muito mais da iniciativa e da falta de disciplina tática de um modesto comandante de submarino que de qualquer líder político ou militar alemão.

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