Cordell Hull e o papel do Brasil na guerra
Cordell Hull e o papel do Brasil na II GM
Secretário de Estado dos EUA entre 4 de março de 1933 e 30 de novembro de 1944, Cordell Hull foi um dos homens mais influentes e respeitados da política norte-americana em todo o século XX. Seu depoimento sobre a importância do Brasil para a vitória Aliada contrasta vivamente com o exíguo valor dado pela historiografia nacional ao papel do país no conflito.
"Sem as bases aéreas que o Brasil permitiu que construíssemos em seu território, as vitórias na Europa e na Ásia não teriam ocorrido tão cedo. Estas bases, lançadas bem dentro do Atlântico Sul, permitiram que nossos aviões atravessassem o oceano em verdadeiras ondas, chegando à África Ocidental e partindo daí para o teatro de operações da Europa ou no Oriente mais afastado. Se não tivéssemos contado com essas bases brasileiras, não poderíamos ter auxiliado tanto os ingleses no Egito, como fizemos, no momento crucial da Batalha de El Alamein."[i]
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[i] LEITE, M.R.; NOVELLI, Jr. Marechal Eurico Gaspar Dutra: O Dever da Verdade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983, p.493. Memórias de Cordell Hull, Secretário de Estado dos EUA e Prêmio Nobel da Paz em 1945, chamado por Roosevelt de “Pai da Nações Unidas” pelo seu papel na criação do organismo internacional.