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Encontro histórico

Faltou o Chanceler - Natal, 28 de janeiro de 1943, Getúlio Vargas e Roosevelt conversam em francês na companhia do Embaixador norte-americano Jefferson Caffery. Nesse momento histórico, Vargas não se fez acompanhar por Oswaldo Aranha: o chanceler brasileiro (Library of Congress)

A ausência do Chanceler Oswaldo Aranha no encontro histórico entre Roosevelt e Vargas sugeriu uma manobra política do ditador brasileiro. Tudo indica que Getúlio tenha procurado minar a fama crescente de Aranha junto à opinião pública, enfraquecendo aquele que imaginava ser um futuro adversário político.

Vargas pretendia obter um lugar de destaque para o Brasil no pós-guerra, assegurando ao país um assento permanente no Conselho de Segurança da futura Organização das Nações Unidas. Todavia, os acontecimentos futuros conspiraram no sentido contrário. Roosevelt faleceu em abril de 1945, enquanto os mais importantes interlocutores favoráveis ao Brasil junto ao Governo dos EUA foram sido transferidos para outras funções, ou mesmo excluídos do cenário político (Foto 1).

O Subsecretário de Estado Sumner Welles foi obrigado a renunciar ao cargo após um escândalo em sua vida particular divulgado pela imprensa norte-americana em 1943. Em fins de 1944, Caffery assumiu a Embaixada dos EUA na França, enquanto Aranha pediu demissão do posto de chanceler no mesmo ano – indignado pelo desprestigío de Vargas à sua pessoa.

Getúlio conduziu a política nacional no fio da navalha durante o Estado Novo, enfrentando forças poderosas na política interna e externa. Formado em Direito, o habilidoso político gaúcho era um homem culto, que fazia da leitura um hábito cotidiano. No futuro, alguns personagens disputariam o seu valioso espólio político. Contudo, os pretensos herdeiros aproximaram-se bem mais dos seus vícios do que das suas virtudes.

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